quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Queria ouvir "Yellow", mas só me restam blues

Tantas coisas têm acontecido que nem me sobra tempo pra escrever, não sobra tempo nem pra pensar em mim, não sobra tempo pra pensar em nada [graças à Deus], minha cabeça anda a mil... O engraçado é que na semana que supostamente eu não deveria escrever, eu resolvo aparecer. Isso é Laryssa. =)

Enfim, assim como ondas de azar me pegam, ondas de boa sorte também me pegam [e que isso saia bem baixinho, pra que as marés não mudem], mas acho que isso é mais reflexo de uma promessa que eu fiz a mim mesma semana passada: a partir de agora, meu objetivo é ser a melhor em tudo o que me proponho/comprometo a fazer, assim, darei o máximo de mim em tudo o que eu fizer. Acho que isso é o que faltava na minha vida [não só isso, mas também], acho que muitas coisas vão melhorar agora. Sabe, o costume à mediocridade é um problema seríssimo, eu me acomodava. Mas agora vai ser diferente, aliás, já está sendo. Por incrível que pareça, esse pensamento já mostrou sua eficácia em menos de uma semana.

Descobri anteontem que a minha monografia já tem quarenta páginas, e sem contar com as entrevistas e com a discussão. Eu finalmente consegui marcar as entrevistas. =D Acho que em um mês, ela está prontinha, linda e maravilhosa. Sabe, eu nunca me dediquei tanto a uma coisa como eu estou me dedicando a ela, e é difícil chegar no final e ainda gostar do assunto sobre o qual se escreve, e eu consigo ficar a cada dia mais encantada com ele, eu passaria a minha vida toda falando sobre ele, meus olhos brilham quando falo da minha monografia. Ela só não me faz mudar o encanto que sinto pelo corpo humano e em especial pela genética, e é por isso, só por isso que não farei antropologia.

Como eu ia dizendo, a minha dedicação me resultou há algum tempo, na possibilidade de publicação de um artigo e agora, numa bolsa de iniciação científica na área de gênero. *-* Eu não acredito até agora... E ela ainda nem está pronta. Acho que o que tá me fazendo dar a minha vida por ela [olha, que exagero] é a expectativa que as pessoas criam em cima dela. Isso é bom e ruim. É ruim porque às vezes as pessoas esperam por uma coisa que não é bem tudo aquilo, mas é bom porque você vai dar o melhor de si para superar as expectativas, ou pelo menos correspondê-las.

Sabe, é legal ver o resultado [aliás, não é o resultado ainda, enfim] de um trabalho bem feito, ou pelo menos ver que você se esforçou ao máximo para conseguir algo. É adorável você ouvir do seu professor de física, um cara que você admira, tanto como pessoa quanto como profissional, um cara em quem você se inspira, que ele admira muito você. Isso é realmente muito bom.

Bem, e ENEM está aí, pra fudeeeer geral. Não sei ainda há tempo de fazer valer a minha promessa pra essa prova, já que é a matéria de três anos perdidos. Mas eu acredito que falta de tempo é desculpa dos incompetentes e não creio que eu seja uma. Então, sábado e domingo, eu vou dar o melhor do que tenho aqui, agora [ou o melhor do que eu tiver até lá], e sei lá, seja o que Deus quiser. Com sorte, o tema da redação será "igualdade de gênero", "feminismo" ou algo do tipo, ou até quem sabe, Darwin. :D

Bem, hoje eu vou desovar algo que escrevi em agosto [que mês bizarro]. Sobre certas coisas, não quero falar.

Escrito em 09/08/2009.[/bizarrice]

Minha poesia está vazia
Da minha memória,
Seu rosto se esvaía.
Seria uma bela história.

Lembro que ao teu lado
Eu era feliz, eu ria.
No teu adeus, já desbotado,
Meu sorriso morria.

Eu já me acostumei
Há quanto tempo,
Eu já nem sei
Tudo jogado ao relento.

Num canto qualquer
Sinto o teu cheiro,
Teu gosto de café,
Sinto teu corpo por inteiro.

Posso ouvir nossos passos
Uma certeza se faz em mim
O calor dos teus abraços
Parecia não ter fim.

Memória, nostalgia
Deitada em teu peito
Lembro que me desfazia
À tua moda, do teu jeito.

Lembro tua ternura,
Foi em mim que a esqueceu
Além da doçura
Dos beijos que me deu.

Nosso amor, nossa alegria,
Não pense que morreu.
Apenas viraram poesia,
Eternizaram-se, num lugar só meu.

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