sexta-feira, 23 de outubro de 2009

“I’m just a jealous guy.”

John Lennon.

Hoje foi um dia bem normal. Mas, como todos os dias da minha vida, não podia deixar de ter algo bizarro. Na verdade não é nada bizarro. Bizarro porque eu sempre acho que o Universo está em sintonia comigo e eu estou em sintonia com ele; uma sincronização bizarra, mesmo! Acho que Deus é isso, é essa sintonia bizarra [estou exagerando no “bizarro” hoje] que une todas as coisas no Universo. [/drogas] Sabe quando parece que tudo no mundo fala com você, quando parece que todas as situações que ocorrem na sua vida querem dizer alguma coisa pra você, mesmo quando, a primeira vista, não pareça? Então, isso tem acontecido com uma freqüência fora do normal comigo.

Meu professor de Matemática [olha isso, de Matemática!] começou a falar de autonomia. Autonomia, sabe, em nossas ações, nossas decisões... Tomou quase que uma hora da nossa aula falando sobre isso [eu já impaciente, seca, como um viciado em abstinência, querendo altas doses de geometria analítica]. Uma fala dele, em especial, mexeu bastante comigo. Pode ser bobo, mas mexeu comigo. Ele disse que não é digno de admiração aquele que não peca não porque opta por não pecar, mas porque se priva de tudo o que possa o expor ao pecado. Admirável é aquele que se expõe ao pecado, o enfrenta e não se deixa levar por ele, é aquele que se deparou com uma situação em que ele poderia pecar ou não e escolheu não pecar. E é a mais pura verdade. Eu trouxe isso pra minha vida. Tenho passado por muitas situações assim, em que eu as supero não porque as enfrento, mas me tranco, fujo, para não ser afetada por elas; ignoro a existência delas. Eu realmente creio que as coisas não acontecem por acaso, era pra eu ter ouvido aquilo ali, naquela hora. Eu precisava ouvir.

A propósito, estou escrevendo uma carta muito foda pra entregar ao Márcio no último dia de aula, eu sinto que preciso. Ele deve saber o quão importante foi/ está sendo pra mim ao longo destes três anos. Ele contribui ENORMEMENTE pro meu amadurecimento e pro meu crescimento pessoal. Ele me apresentou Freud, Focault, Psicanálise, Filosofia da Matemática; ele chegou a me fazer pensar em cursar Matemática na faculdade, olha que absurdo! Quando ela estiver pronta, eu posto aqui [talvez]. Só um parêntese: tadinho, na quinta-feira passada foi aula dele também; eu estava indo embora quanto encontro com ele indo para o colégio. Ele disse: “Você tá bonita hoje” [acho que é a primeira vez que vi o Márcio elogiando alguém ao invés de esculachar], aí eu mando uma assim: “Obrigada. Bonita para matar a sua aula.” ’ Coitado, ele nunca mais vai elogiar ninguém. O pior de tudo é que eu REALMENTE não assisti à aula dele naquele dia. Achei que hoje ele fosse ficar puto comigo, mas nem ficou, sorriu pra mim, me deu um abraço e tudo. Ah, ele me adora, vai! Ele disse que é impossível ser normal naquela turma estudando com uma pessoa que lê Wood Allen e é completamente despirocada [vulgo eu]. Disse ainda que a humanidade se tranca, se aliena pra não ter que encarar a existência de malucos/psicopatas como eu. “Seu nascimento foi a assinatura da sentença de um mundo perdido. Esse dia vai ficar entrar pra História. Você não presta.” Essa excrotice dele faz dele um dos caras mais fodas do mundoo! Adoro pessoas excrotas. *reverências*

Vamos à diante na lista “Coisas estranhas que só acontecem a Lary”. Um cara que, nunca falei na vida, que nunca vi na vida, me parou na rua, virou pra mim e disse que eu estava numa fase de transição da minha vida, uma fase muito conturbada, turbulenta e que muita gente precisava de mim. Mas que, antes, eu precisava resolver a minha vida, resolver coisas que só eu podia resolver pra daí então, ajudar essa gente. Disse que eu precisava primeiro cumprir/completar o meu karma [que merda de karma é esse? Em vidas passadas devo ter sido muito filha da puta, uma destruidora de casamentos, lares e famílias, né?] antes de fazer qualquer coisa, de ajudar qualquer um, antes de estar liberta para a minha vida, de ser “feliz pra sempre”. Disse um “tchau, Laryssa”, virou as costas e foi embora. Como assim? Que diabos é isso? Como ele sabe meu nome? De repente parece que todo mundo sabe o meu nome, sabe da minha vida, porra! Que merda é essa? Todo mundo sabe mais da minha vida do que eu. Eu por acaso tenho uma placa escrita na testa “Por favor, me parem na rua e leiam a minha sorte/ meu futuro? Ps.: Não se apresente nem diga boa tarde.” E já não é a primeira vez que isso acontece comigo. No meu aniversário [há exatos 75 dias] aconteceu a mesma coisa...

Enfim, esquisitices a parte, acho que estou evoluindo em algumas coisas e regredindo em outras, certa pesso que o diga [¬¬’]. Fico triste de ver que não tenho maturidade pra enfrentar certas situações, em me ver apenas como uma menina. Como se não bastasse, mimada, muitas vezes. E talvez eu realmente não passe de uma menina. Sabe, você buscar sempre a maturidade perfeita e perceber, de repente, que você é um ser completamente imperfeito e que terão sempre situações em que você não terá maturidade pra enfrentar, mas irá adquirir; outras em que você não terá e não conseguirá adquirir maturidade pra enfrentar, porque você não é perfeito, porque muitas vezes é cabeça-dura. Eu percebi também que talvez eu esteja no início de uma nova crise existencial. =\ Oh, merda! Antes dos vestibulares NÃÃO!

Mais um enfim e eu acho que posso postar meus textos. Bem, na verdade, eu não ia postar as poesias que postarei, eu troquei de última hora, última hora mesmo. Como quase tudo o que escrevo, nenhuma das duas tem título. Não tenho criatividade pra títulos e também não quero nada clichê [apesar de eu ser clichê muitas vezes =p]. A data de uma não importa, nada importa. E a da outra, bem, esqueci de colocar quando escrevi =\.

Obs.: Só estou postando essas coisas porque hoje é hoje, eu estou bem para fazer isso. Se fosse qualquer outro dia, eu com toda certeza não postaria.

Viver de lembranças
É coisa que ninguém quer
Mas quem sabe a criança
Que habita a alma da mulher?

Contra um sopro de esperança
Um vendaval de realidade.
Quem é que não balança
Ao andar pelas ruas desta cidade?

Nossos abraços e amassos
Desenhados em todos os muros
Por onde passo, nos refaço
Em cada canto escuro.

Recuperando a cada esquina
Os abortos da memória
Em meu peito, como um filme, desatina
O flash back daquela história.

A próxima é bem pequena, sucinta, saudosa e igualmente sincera.

Na caixinha, guardo a fotografia
E os escritos de um bar
Revejo tudo ao som da melodia:
Refrões de bolero me fazem lembrar.

Ouço com atenção, paciente
Juro que não é inconseqüência
Mesmo que pareça incoerente
É doce a tua ausência.

Ainda guardo a fotografia
E assim, pro teu sorriso posso olhar
Ele flui ao som da melodia
Refrão de bolero me faz lembrar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

À linda mulher que me protege.

Caramba, é incrível perceber o quanto a minha vida está mudando, e mudando pra melhor. Não tenho muita coisa pra dizer hoje, só sei que estou mais ligada ao meu lado espiritual, mais ligada do que nunca e isso é bom, me faz bem. Sinto-me satisfeita, preenchida. (:


Amargo Caminhar

Contemplava distraída o caminho deixado pela trajetória irregular das tristes gotas refletidas no espelho. Ao final, podia sentir no canto da boca o salgado gosto da dor. Sabia que se pudesse sentir o gosto do sentimento de abandono, ele seria amargo. Como compreendia não poder prová-lo, apenas sentia a sua presença, pulsante dentro de si, fazendo com que os batimentos de seu coração se transformassem em um incômodo latejar.
Com o tempo, o gosto ia se tornando agridoce. Era confortante saber que ainda conseguia encontrar os pequenos diamantes quentes escorrendo já sem pressa e sem vontade pelo seu rosto mal-tratado. Sentava de pernas cruzadas, com seu olhar vazio, fundo de dor, raso de lágrimas, buscando o menor vestígio de algo bom em que pudesse se agarrar. Não achava. Pensou em um novo caminho e sentiu a ânsia de tê-lo para si, na tola tentativa de se sentir melhor.
Paralisada, ficou contemplando o caminho recém-formado. Entre medos e dúvidas viu um novo jeito de caminhar. Uma linha vermelha vibrante desenhava rios em seu pulso que terminavam no chão, em pequenas gotas solitárias. Mergulhada em toda a sua indiferença, ela compreendeu que o fim era inevitável. Se matar um pouco às vezes é essencial para que se consiga continuar a viver.

Texto adaptado escrito por Mayara Veloso. (:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mais do que um título, preciso de nome para fármaco.

Eu tô meio esquisita hoje. Nem bem, nem mal. Odeio me sentir assim, odeio ter um certo controle sobre o que eu sinto. Eu não sirvo pra isso, só tenho vocação pros extremos.

Bem, pra começar, eu só faço merda. Ou não. Não, sim, sim, eu só faço merda. Se você pudesse interferir no livre arbítrio de alguém, o faria? Vocês acham que os fins justificam os meios? Bem, eu sempre achei, mas agora estou levando isso mais a sério, de forma assustadora. Vocês sabem que quando eu cismo com algo/alguém, fudeu, não há quem me faça desistir, só eu mesma. E sabe, por enquanto não quero desistir de nada não, de nada mesmo. Não sirvo pra isso. Esse verbo não existe no meu vocabulário. Admito que sou orgulhosa demais pra desistir. Eu finjo que esqueço, deixo quieto, mas isso não passa de uma estratégia. Na verdade, irei revelar o meu grande segredo [que aliás não é segredo nenhum pra ninguém, afinal, é assim com todo mundo, ou pelo menos com a maioria das pessoas]: a minha vida é movida em função dos meus desejos e das minhas vontades. Imagine o gráfico disso: um caos.

Eu tenho muito medo da decisão que acabei de tomar, talvez ela não seja justa. Ah, justa? Justo o mundo não é. Bem, me desejem sorte. A decisão já está tomada. Quem sabe eu não acabei de fuder a minha vida toda?

Obs¹.: estou prestes a inventar uma pílula [que na verdade não é vacina, mas um soro, o que é muito diferente] anti-amor. Divulgarei quando estiver pronta. Enfim, meu projeto dando certo. Em fase de pesquisa. Contra-indicado para indivíduos com alterações hormonais.

Obs².: O Obs¹ é sério!

Havia neste triste rosto
um sincero sorriso, sorriso meu.
Hoje me fito no vidro fosco,
é escárnio, meu sorriso morreu.

Em cada movimento
meu, há um loucura latente,
vejo que não há momento
em que eu aja racionalmente.

O vômito suja a imagem refletida
em meio a cigarros e comprimidos,
ao nada e ao absinto acometida,
julgo os momentos que foram vividos.

Vejo-me diante daquela criança,
eu, a criança adulterada.
Entre sopros e ventos de esperança,
sigo solitária e amargurada.

Escrito em 27/08/2009.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vontade de dançar até amanhecer.

Lalala está chovendo, chove muito, muito, muito. Gosto tanto de chuva... (: [suspiro]
Hoje eu não estou bem, não, não estou. Mas o bem é no sentido de normal, porque estou me sentindo ótima hoje! Tudo bem que as coisas estão meio fora do lugar, mas com calma, tudo se ajeita.

Tenho vontade de falar o dia todo sobre o que eu faço, sobre o que eu tenho feito, sobre o que eu gosto de fazer: cultura de bactérias. *-* Ah, como são belas as bactérias... Ontem elas até me causaram uma dor de garganta, e por isso não fui para o estágio hoje. Ah, Streptococcus pyogenes, eu e você como unha e carne. =\ Merda. Ainda sim, gosto delas. Bacteriologia me faz flututar, me faz entrar em êxtase, é meu 3,4-metilenodioximetanfetamina. hahaha Elas me deixam tão confusa e tão encantada... [tocam sininhos] =p

Final de semana cheio de programas gays. Hoje, bar gay; amanhã, festa gay. Meu Deus [é melhor deixar Deus fora disso], esses meus amigos me destroem. hahaha Enfim, pra combinar, poesia gay. \o/

Escrita em 03/10/2009.

Uma delas

Logo que acordo pela manhã
Peço a Iansã uma ajuda,
Um forte vento ventado
Que a deixe desnuda.
Quero ver teu corpo puro,
Bem do jeito que se formou
As tão perfeitas curvas
Que Deus, sabiamente, desenhou.
E sai por aí nos remelexos de amor,
Nas rodas de samba, em cada esquina,
Conquistanto, encantando,
Mulher de beleza divina.
Não é só bonita, é bela,
De andar desinibido,
De sorriso envergonhado,
De discurso cuspido.
Ela está nas músicas de Chico
E agora até na minha inspiração
Não sei se é amor ou simples reação
De um solitário coração.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Come as you are, as you were...

Bem, eu não sei ao certo o que escrever hoje, tô um pouco confusa, estranha. Começamos pelos fatos do final de semana? Ah, tá. Bem, ENEM adiado, ok. Isso aumenta um pouco minha angústia, fato. O pior é que se eu tivesse feito essa prova, teria ido bem pra cacete, ela estava ridícula. Passarei dois meses angustiada, fato. Sexta-feira, duas garrafas de boêmia tentaram me matar. Legal, escapei com vida das duas. Sábado, nada de bom. Exercícios de física, um texto, mas tudo não muito certo. Domingo? Um belo descarrego, reencontros felizes, um gato. Ganhei um gato ontem. Ai, gatos me detestam, mas esse parece que gostou de mim. "Que bonitinho, quando ele faz aniversário?" "Ah, 12 de junho." Merda, acabou com a porra do meu dia. Bom, o nome dele pode parecer feio, mas tem um motivo especial. De início seria Ícaro, porque eu amo esse nome. ^^ Mas lembrei que era dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais, então ficou Chico. Que mudança, não? Chico é o meu bebê. Graças à ele, agora eu tenho o que comemorar no Dia dos Namorados. Justo um gato?? Cachorros têm muito mais a minha cara; eu não tenho personalidade pra ter um gato. Mas eu gostei dele. =)

Hoje estou meio dramática, isso é fato. Meu coração parece que vai explodir. Acho que os meus sentimentos não cabem no meu coração. Não, não cabem, ele é pequeno demais. Eu tenho escrito algumas merdas. As pessoas me deixam confusa, aliás, as pessoas são confusas. Adiciono à minha lista de piores sentimentos do mundo, a rejeição. Bem-vinda, amiga. =) Bem, ao todo, uma força com aceleração de 10 m/s² me empurra pra baixo, mas eu supero isso, eu sou mais forte. ;D

Eu sinceramente não sei o que postar hoje, tô enrolando pra ver se penso em algo. Já sei, vou postar dois textos.

Escrito em 27/08/2009.

Doces momentos os das tuas palavras
Sinto em minha pele o teu versejar
Palavras tão sentidas, afáveis
Encantavam-me, deixavam-me sem ar.

Vejo que a felicidade estava aqui
Penso “como pude deixá-la fugir?”
Não, minha memória a aprisionou
Fecho os olhos e a deixo vir.

Lembro do teu coração, as batidas
Do que foi bom, as noites de amor
Ainda amar-te-ei platonicamente
Só de olhar-te, lembrar teu sabor.

Amar-te-ei em segredo, em silêncio
O meu mundo, encher de fantasia
Amarei um amor sentido e escrito
Amor todo em forma de poesia.

O próximo, foi escrito no dia 04/10/2009. Se chama "Google pessoal". =)

“google” pessoal

Procuro-me em minhas idéias,
Pensamentos e discursos
Por vezes contrários e confusos.
Acho-me parcialmente.
Procuro-me no homem que idealizo,
Em quem eu amo, em quem eu quero,
Naquilo pelo o que espero.
Acho-me parcialmente.
Procuro-me em cada mulher
Nas abomináveis, sujas, sádicas,
Nas ricas, inteligentes e trágicas.
Acho-me parcialmente.
Procuro-me no silêncio de uma conversa
E nas conversas barulhentas e vazias,
Na ladainha nossa de cada dia.
Acho-me parcialmente.
Procuro-me nos livros e dicionários,
Na redundância dos poetas,
Em jornais, tablóides e cartas abertas.
Acho-me parcialmente.
Procuro-me em você,
Em mim,
Em todos, enfim.
Acho-me parcialmente.
E eu já não sei pra onde vou
Ou do que eu possa fazer parte
Vou pra Vênus ou quem sabe Marte,
Pra um lugar diferente, sem gente
Pra ver se me encontro totalmente.

E pra finalizar, uma música. =)

Maybe I'm Amazed.

Maybe I'm amazed at the way you love me all the time
Maybe I'm afraid of the way I love you
Maybe I'm amazed at the way you pulled me out of time
And hung me on a line
Maybe I'm amazed at the way I really need you

Maybe I'm a girl and maybe I'm a lonely girl
Who's in the middle of something
That she doesn't really understand

Maybe I'm a girl and maybe you're the only man
Who could ever help me
Baby won't you help me understand

Maybe I'm amazed at the way you're with me all the time
Maybe I'm afraid of the way I leave you
Maybe I'm amazed at the way you help me sing my song
Right me when I'm wrong
Maybe I'm amazed at the way I really need you

Maybe I'm a girl and maybe I'm a lonely girl
Who's in the middle of something
That she doesn't really understand

Maybe I'm a girl and maybe you're the only man
Who could ever help me
Baby won't you help me understand

Maybe I'm amazed at the way you're with me all the time
Maybe I'm afraid of the way I leave you
Maybe I'm amazed at the way you help me sing my song
Right me when I'm wrong
Maybe I'm amazed at the way I really need you.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Queria ouvir "Yellow", mas só me restam blues

Tantas coisas têm acontecido que nem me sobra tempo pra escrever, não sobra tempo nem pra pensar em mim, não sobra tempo pra pensar em nada [graças à Deus], minha cabeça anda a mil... O engraçado é que na semana que supostamente eu não deveria escrever, eu resolvo aparecer. Isso é Laryssa. =)

Enfim, assim como ondas de azar me pegam, ondas de boa sorte também me pegam [e que isso saia bem baixinho, pra que as marés não mudem], mas acho que isso é mais reflexo de uma promessa que eu fiz a mim mesma semana passada: a partir de agora, meu objetivo é ser a melhor em tudo o que me proponho/comprometo a fazer, assim, darei o máximo de mim em tudo o que eu fizer. Acho que isso é o que faltava na minha vida [não só isso, mas também], acho que muitas coisas vão melhorar agora. Sabe, o costume à mediocridade é um problema seríssimo, eu me acomodava. Mas agora vai ser diferente, aliás, já está sendo. Por incrível que pareça, esse pensamento já mostrou sua eficácia em menos de uma semana.

Descobri anteontem que a minha monografia já tem quarenta páginas, e sem contar com as entrevistas e com a discussão. Eu finalmente consegui marcar as entrevistas. =D Acho que em um mês, ela está prontinha, linda e maravilhosa. Sabe, eu nunca me dediquei tanto a uma coisa como eu estou me dedicando a ela, e é difícil chegar no final e ainda gostar do assunto sobre o qual se escreve, e eu consigo ficar a cada dia mais encantada com ele, eu passaria a minha vida toda falando sobre ele, meus olhos brilham quando falo da minha monografia. Ela só não me faz mudar o encanto que sinto pelo corpo humano e em especial pela genética, e é por isso, só por isso que não farei antropologia.

Como eu ia dizendo, a minha dedicação me resultou há algum tempo, na possibilidade de publicação de um artigo e agora, numa bolsa de iniciação científica na área de gênero. *-* Eu não acredito até agora... E ela ainda nem está pronta. Acho que o que tá me fazendo dar a minha vida por ela [olha, que exagero] é a expectativa que as pessoas criam em cima dela. Isso é bom e ruim. É ruim porque às vezes as pessoas esperam por uma coisa que não é bem tudo aquilo, mas é bom porque você vai dar o melhor de si para superar as expectativas, ou pelo menos correspondê-las.

Sabe, é legal ver o resultado [aliás, não é o resultado ainda, enfim] de um trabalho bem feito, ou pelo menos ver que você se esforçou ao máximo para conseguir algo. É adorável você ouvir do seu professor de física, um cara que você admira, tanto como pessoa quanto como profissional, um cara em quem você se inspira, que ele admira muito você. Isso é realmente muito bom.

Bem, e ENEM está aí, pra fudeeeer geral. Não sei ainda há tempo de fazer valer a minha promessa pra essa prova, já que é a matéria de três anos perdidos. Mas eu acredito que falta de tempo é desculpa dos incompetentes e não creio que eu seja uma. Então, sábado e domingo, eu vou dar o melhor do que tenho aqui, agora [ou o melhor do que eu tiver até lá], e sei lá, seja o que Deus quiser. Com sorte, o tema da redação será "igualdade de gênero", "feminismo" ou algo do tipo, ou até quem sabe, Darwin. :D

Bem, hoje eu vou desovar algo que escrevi em agosto [que mês bizarro]. Sobre certas coisas, não quero falar.

Escrito em 09/08/2009.[/bizarrice]

Minha poesia está vazia
Da minha memória,
Seu rosto se esvaía.
Seria uma bela história.

Lembro que ao teu lado
Eu era feliz, eu ria.
No teu adeus, já desbotado,
Meu sorriso morria.

Eu já me acostumei
Há quanto tempo,
Eu já nem sei
Tudo jogado ao relento.

Num canto qualquer
Sinto o teu cheiro,
Teu gosto de café,
Sinto teu corpo por inteiro.

Posso ouvir nossos passos
Uma certeza se faz em mim
O calor dos teus abraços
Parecia não ter fim.

Memória, nostalgia
Deitada em teu peito
Lembro que me desfazia
À tua moda, do teu jeito.

Lembro tua ternura,
Foi em mim que a esqueceu
Além da doçura
Dos beijos que me deu.

Nosso amor, nossa alegria,
Não pense que morreu.
Apenas viraram poesia,
Eternizaram-se, num lugar só meu.