quarta-feira, 23 de setembro de 2009

'Cause I found myself.

Vou começar com uma música que eu simplesmente a-d-o-r-o:

"Chega de fazer fumaça,
De contar vantagem
Quero ver chegar junto
Prá me juntar, é!
Me fazer sentir mais viva,
Me apertar o corpo e a alma
Me fazendo suar
Quero beijos sem tréguas
Quero sete mi'léguas
Sem descansar
Quero ver
Se você tem atitude,
Se vai [me] encarar."

Músicas a parte, estou especialmente feliz hoje, apesar de toda correria, de toda a pressão [não muito boa] em cima de mim, eu ando feliz. Hoje vou postar algo ruim, algo pesado, um sentimento que era meu, pra contrastar com o que eu tô sentindo agora, pra ver que "tudo passa, tudo passará..." e que ontem eu estava mal, mas olha só eu aí, feliz, literalmente fazendo jus ao meu nome, "cheia de alegria". =p Desejo a todos a felicidade que estou sentindo, a felicidade sem motivos.

Escrito em 08/08/2009.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Poema mudo.

Sabe, eu tô cansada, eu ando meio desanimada. Antibióticos acabam comigo [eu só faço merda]. Vou te falar que a cor nova do meu cabelo não está me fazendo muito bem, eu ando meio aleatória, com uns surtos [diferentes dos normais], com crises de risos bizarras seguidas de uma vontade absurda de chorar. É, eu tô estranha. hahaha Bem, faz parte só das quedas absurdas de estrogênio e progesterona [quero acreditar que seja só isso, que isso em breve vai passar].
Eu gosto muito da poesia que vou postar hoje, tenho um carinho especial por ela. Pra mim, ela é especial. Foi escrita dia 29/08/2009.

O vazio ecoou a minha voz
Que chegou aos montes mais distantes,
A penhascos, a uma enorme foz
Não há ninguém pra ouvir.

Tranquei-me, eu na minha certeza
E certeza é boa de se ter.
Não há tormento, não há tristeza,
Também não há quem me tire daqui.

Pensei os pensamentos mais banais,
Sem pudores, não há quem me censure.
Cheguei às conclusões mais geniais
Mas não há ninguém pra ouvir.

Fiz as mais belas prosas e poesias
Explorei o inexplorado e inexplorável,
Quero sair, espalhar as minhas alegrias
Mas não há quem me tire daqui.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Aí eu disse: "Quem tem medo é você"

E agora, será que alguém tem coragem de seguir em frente e nos explicar? Será que alguém seria capaz de se expor ao risco de ser feliz? Perguntas que aparentemente são idiotas, mas ao meu ver, muito plausíveis e é isso o que me faz achar tudo isso uma grande idiotice. Vamos lá, hoje eu estou inspirada...
Estou indignada, estou de TPM e a fim de demonstrar a minha revolta. Eu não costumo escrever coisas junto aos meus textos nos posts, mas hoje eu preciso. Quando guardamos muita coisa, quando observamos, só observamos os fatos e ficamos calados, formando juízos acerca daquilo o que vemos e esse juízo não é colocado pra fora, não é vomitado, estamos construindo uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. Hoje, eu sou uma bomba relógio em contagem regressiva, e chegou a hora de eu explodir.
Algumas coisas têm me irritado profundamente ultimamente. Eu estou de saco cheio da forma como as pessoas olham pra mim, como as pessoas me vêem. Não agüento mais a forma como as pessoas subestimam as minhas vivências, as minhas experiências, de saco cheio de pessoas que se super-valorizam, que por terem, segundo elas, “vivido mais” acham que são superiores a mim. Há quem diga que sei pouco da vida, que vivi pouco, que experimentei poucas coisas. Pode ser que sim, sim, eu sei pouco da vida e eu tenho consciência disso, mas isso não dá a ninguém o direito de dizer que é mais experiente do que eu. Pode ser que eu tenha vivido pouco, tenha tido poucas experiências, mas o proveito que eu tirei de cada uma delas foi imenso. O que torna uma pessoa mais experiente do que a outra não é o somatório de suas vivências, mas o somatório daquilo o que ela experimentou de fato, e apreendeu daquela experiência. Não é a simples vivência, mas a vivência refletida, como fonte de conhecimento, vivência como aprendizado, livre de preconceitos.
Viver, e só viver, não traz conhecimento nenhum a ninguém, assim como só teorizar sobre a vida e não viver por causa das suas teorias também não é sinônimo de conhecimento, de experiência. Deve-se viver e a partir dessas vivências e de sua reflexão construir o conhecimento. Não é experiente aquele que só simplesmente vive como também não é o que só teoriza acerca da vida. Estes são alienados, porque um só sabe a técnica e o outro só sabe a teoria. Podem me perguntar agora o porquê de não teorizar antes e depois colocar em prática. Isso é bem simples. Somente a teoria, formulada primeiro, com total ausência da vivência/experimentação do “fenômeno” resultaria em algo falho com uma visão muito fechada que possivelmente não corresponderia com a realidade daquele fato.
Aí entra o segundo ponto que tem me irritado nas pessoas: como podem esses “teóricos da vida” falarem de coisas que não viveram, falarem sobre como se deve viver, a melhor forma de se viver, se eles não vivem, só teorizam, se por causa das suas teorias não vivem? A hipocrisia: como pode alguém te aconselhar a fazer algo que ela mesma não faz, algo que ela não consegue fazer?? A essas, me desculpe a baixeza, meus sinceros pedidos de “vai se fuder, vai”. Por isso não peço mais conselhos, por isso não falo mais, por isso me fechei: sem palpites. Se as pessoas querem conversas superficiais, se as pessoas querem ser superficiais, então assim também seremos. Não podem exigir que sejamos o que elas não são. Agradeço aos meus cinco dedos da mão direita por não serem assim [vai, são só um pouquinho], por serem os cinco dedos [se forem cinco] da minha destra. Orgulho-me de dizer que se forem cinco, é muito. Entra agora o terceiro ponto: a amizade.
Fico me perguntando o que é ser amigo, fico me perguntando o que as pessoas entendem por amizade. A amizade hoje em dia está tão banalizada, tão banalizada quanto o amor, não sei mais se acredito quando dizem “fulano é meu amigo”, não sei mais se acredito quando me chamam de amiga. Creio que não seja de todo mal quando as pessoas afirmam isso quando não é verdade, é que o valor da palavra amizade está se perdendo. Vejo que as pessoas confundem muito amizade com coleguismo e isso é ruim. Eu queria poder ter mais amigos, mas acho que as pessoas não sabem o que isso significa, não pra mim. É melhor que seja como é, porque polidactilia é um defeito. Eu graças à Deus só tenho cinco dedos em cada mão.
O quarto ponto. Bom, por algum tempo, eu acreditei que felicidade era ausência de tristeza, por um longo tempo acreditei nisso. Não sei por que diabos, mas eu pensava isso. Pra mim, feliz era o estado em que eu me encontrava quando estava ausente de dor, e eu me acomodei a isso. Então, quando eu conseguia me livrar da tristeza, eu sentia um prazer, uma satisfação e achava que isso era felicidade, por acreditar que a mudança de um estado levava ao outro conseqüentemente, o quente ao deixar de ser quente tornava-se frio, a tristeza ao deixar de ser tristeza, tornava-se felicidade. Eu estava errada. Tola e nada ambiciosa, acomodada e muito satisfeita com a sua condição de indiferente, achando que isso era felicidade. Hoje eu sei que felicidade vai muito além disso, desse estado de indiferença. Percebi então que ao escrever alguns versos, falei merda [em partes]. Percebi, ao escrevê-los, que tenho o mesmo medo das pessoas, o que mais condeno nelas: o medo de ser feliz.
Acho curiosa e muito irritante a dificuldade que as pessoas têm de lidar com a felicidade, com a própria felicidade, acho curioso as pessoas terem medo da felicidade, medo de serem felizes, de se exporem ao “risco da felicidade”. Há aproximadamente três anos reparo isso nas pessoas ao meu redor e vinha criticando isso também, mas de uns tempos pra cá, eu parei. Quando terminei de escrever esses tais versos, percebi o meu medo, percebi a minha hipocrisia: eu condenava esse medo nos outros, e cultivava ele de forma covarde dentro de mim. Inconscientemente eu negava a possibilidade da existência da felicidade para não encará-la como real, para que eu não quisesse buscá-la, senti-la e não deixar de achar o estado de indiferença interessante e prazeroso. Uma vez experimentada a felicidade, o estado de ausência de tristeza já não seria satisfatório/suficiente para mim e então eu iniciaria uma busca incessante pela felicidade, uma busca que só me geraria frustrações. Como eu sou idiota, como somos idiotas, como somos estranhos!
Mas pensando assim, estou cometendo um grave erro: o de me privar de experiências, de viver [a felicidade], só porque eu cheguei teoricamente à conclusão de que a tendência da felicidade é trazer frustração. Que coisa mais tosca. Eu vou me privar de uma coisa só porque há a possibilidade de ela me causar frustração? Eu não vou ficar correndo atrás da felicidade, oras, sou vou aproveitá-la quando ela vier. Lembrei agora de uma frase genial de Nietzsche, que faz muito sentido: “Destruir as paixões e os desejos, só por causa de sua tolice e para evitar suas conseqüências desagradáveis, parece-nos hoje uma manifestação aguda de tolice. Não admiramos mais os dentistas que extraem os dentes para evitar que incomodem mais.” :D
Aí vai uma merda que escrevi no dia 05/09/2009.
Tão cara é a manutenção dessa tal felicidade
Exige-nos esforço máximo, força, vitalidade,
Como uma criança, um ser em sua mocidade,
Creio nessa frustração, nessa tola vaidade.

Então eu seguia valente nessa incansável procura
Até o dia que extirparam a fantasia, a minha ternura
Um dia disseram-me uma coisa difícil, coisa dura
Que buscar a felicidade é entregar-se a amargura

Mas eu sei, tudo passa, morre, tudo é fatalidade,
E a tristeza sempre vem, chega sem idade,
Roubando nossa alma, tirando-nos a liberdade,
Mostrando que dura e amarga é a realidade.

Felicidade é sentimento absurdo, meio incoerente
Quem diz que a sente não fala a verdade, mente
Não creio nem mesmo que seja dor ausente
Pois é dor em potencial, é tristeza latente.

Agora felicidade é somente um brio barato,
Algo tão fútil como uma bolsa ou um sapato,
Uma simples meta, estabelecida por um contrato
Meramente utópica, longe de ser um fato.
Acho que agora me sinto bem melhor. É como vomitar quando se tem crises hepáticas, dá um alívio. Bem, queria uma pessoa em especial lesse algumas partes desse texto, né srta Sartre-Cabeça-Dura? (: Tem que parar de inventar, de achar coisa onde não tem, meu polegar opositor! :*

domingo, 6 de setembro de 2009

Sem título, títulos não são comigo.

Eu tenho que lembrar de postar no blog, senão eu vou ficar cheia de papel no meu armário de novo. Tenho 20 textos de agosto pra postar e 3 já desse mês. Enfim, tenho que lembrar de postar. Eu sinceramente estou em dúvida de qual dos 23 textos vou postar. Enquanto escrevo, vou pensando...
Bem, ontem descobri que alguns lugares do nosso corpo não foram feitos para furar. Hoje, apesar de dolorida, estou bem, estou feliz, ganhei um livro do meu pai (tadinho, mal sabe ele que coloquei um piercing, não sabe e não vai saber). Adoro ganhar livros. *-* Mas a minha felicidade vai além de ter ganho um livro, simplesmente: pela primeira vez meu pai não me deu um livro didático ou um romance. O melhor de tudo é que o livro é de uma área que ele tem um certo preconceito, uma área que gera atritos entre a gente, uma área que ele acha viadagem, coisa inútil.
Eu fiquei surpresa e muito feliz porque entendi isso como um pedido de desculpas pelo preconceito dele, da meneira dele, óbvio, sem falar nada. Acho que no final, acabei com o preconceito dele, ou ele se deu por vencido, de saco cheio de mim. O que importa é que, vencendo pelo cansaço ou não, com muita paciência e um jeitinho, eu sempre consigo o que eu quero! :D
Por falar em paciência, tive uma idéia. Acho que vou postar uma crônica que fiz há algum tmepinho já, se eu achar. (15 minutos depois...) Ah, aqui está ela. A sorte é que guardo todos os meus trabalhos durante 3 anos, senão já tinha jogado a coitada fora. (:
E postar o que eu tenho aqui pra postar, nada. :p
Eu já disse, sem título.
Pode ser de "monge" ou de "jó", mas a questão é: hoje em dia, quase ninguém tem. É uma virtude, pode ser encontrada em alguns recipientes de matéria orgânica pensante e está a princípio, disponível para o consumo de todos. Um bem tão valioso quanto a água potável e está se tornando tão escasso quanto. Quando algum recipiente tem excesso, as pessoas abusam, abusam, abusam dele, o consomem até não poder mais. Uma hora ele acaba. Poucas vezes pode ser renovável, pouquíssimas, depende muito do seu recipiente.
A vivência revela que atualmente, os frascos destinados ao armazenamento desta substância só são capazes de fornecer de nenhuma a três doses, variando com o tamanho da dose. Há recipientes que já são produzidos sem nenhuma quantidade dessa virtude, e tentar consumir uma dose, por menor que seja, pode gerar efeitos colaterais desagradáveis. Nestes casos, tentar a sorte pra ver se sai uma gotinha pode ser perigoso.
Não é recomendado que se abuse do mesmo frasco mais de duas vezes, e nos casos de pessoas muito devagar, que demoram a se arrumar e que vivem atrasadas, é totalmente contra-indicado que se tente abusar pela segunda vez do conteúdo do frasco; para essas pessoas, a dose é única, variando com o nível da substância no frasco. Essa droga deve ser administrada com cautela, respeitando os limites de cada recipiente.
Não há como saber precisamente se os frascos estão cheios, há como saber o quão vazios eles estão. Frascos que não tem "tempo a perder", estressados, e os que vivem na companhia de um relógio não são recomendados para quem precisa de doses altas ,pois provavelmente estão com os níveis da preciosa substância baixíssimos. Bem, e como "tempo é dinheiro", aproveite enquanto os recipientes não começam a cobrar pelo seu conteúdo.
Escrito em 16/04/2007.