domingo, 18 de maio de 2008

Não adianta consertar o resto, consertar a gente ajuda pra caramba.

Ah! O belo me parece imundo
Paralelo de dois traços
Nada é o que parece, de fato,
Neste metafórico mundo
Representando esta rotina fatigante,
Em nós, um círculo inscrito
Tornando-se saturado aquilo que era bonito
Descrevendo seu movimento incessante
Quiçá errante.
Repita seus movimentos, bossal esfera
Descreva sua elipse em torno da grande gema amarela
O faça, não por mim, não por ti, nem por ela
Mas porque babacas estão sempre à espera.
Já não há razão, nem por quê
Com o emanar dos anos,
Agora, confessamos,
Nos movimentos que há de fazer.
Tudo funciona quase que no automático
Já não se pensa, não se questiona
Já não se soluciona, já não se emociona
Tudo se faz simples, prático, à medida que dogmático.
Ah! Confesso que eu queria
Desse “esquizoser” que somos, fugir
Mas há algo em minha mente e não me deixa dormir:
O presente é realidade, não é utopia.