domingo, 30 de abril de 2006

Duas vezes de má sorte.

Dois espelhos quebrados
Duas vezes de má sorte
Quanta vida eu já vivi?
Quanto resta para a morte?

terça-feira, 18 de abril de 2006

A passagem

Os teus olhos tocaram a pele como que espera por uma boa conversa. O brilho destes fazia cócegas em minha nuca e me fazia rir. Vagarosamente teu sorriso se abria, me chamando silenciosamente. Teu sorriso tentava me parar, tentava virar meus olhos para os teus, mas minhas pernas seguiam firmes, como pernas que tinham um objetivo, um rumo certo a seguir, mesmo que isso não fosse verdade. Meus pés se jogavam um diante do outro, com alguma pressa. Tuas mãos, num gesto singelo e discreto, pareciam querer me alcançar, mas a razão me empurrava pelos ombros com vontade. Conforme tudo passava, eu passava. As tuas mãos, encabuladas, se recolheram, se fecharam. A voz do teu sorriso foi diminuindo, diminuindo, até que se calou. Já teus olhos, permaneceram fixos a minha expressão serena por alguns instantes. Até que as cócegas em minha nuca cessaram, tirando a cor do meu sorriso. Teus olhos já não me alcançavam; o ritmo de minhas pernas se fez lento. Virei e tudo havia voltado ao normal. Era o bastante. Esbocei novamente um sorriso, e minhas pernas recuperaram o ritmo.

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Início

Bem, tive a idéia do blog anteontem, mas não o fiz nessa data porque era dia 5. Preferi esperar o dia 7 chegar, eu gosto do número 7. Devido a essa minha tara pelo 7, pensei em postar emdias múltiplos de 7, a cada 14 dias ou a cada 13 dias [prefiro o número treze ao catorze, apesar de ele não ser múltiplo de sete] mas eu sei que vou acabar não obedecendo a esses prazos. Portanto, não haverá regularidade nenhuma com relação a data dos meus posts. Postarei quando surgir algo novo ou postarei qualquer merda quando der vontade.
Não há nenhum motivo especial para a criação deste blog. Gostaria que tivesse, mas não tem. Na verdade, houve certa necessidade. Tenho um hábito minimamente esquisito de escrever e rasgar logo em seguida o que eu escrevi. Quando escrevo coisas não muito idiotas, até tento guardar na minha pasta amarela. O problema é que eu escrevo com uma certa freqüência há dois anos, e também me apego muito a papéis. O resultado é o meu armário lotado de entulho derivado de celulose. Às vezes [dias de arrumar o armário] acordo um pouco irritada, de mau-humor e jogo tudo o que vejo pela frente fora, sem me dar o trabalho de ler o que estou jogando fora. Eu sempre acabo jogando tudo o que escrevo fora. Penso que, postando num blog, não terei mais, quero dizer, diminuirei meu problema com papéis.
Quero esclarecer que este blog não foi feito com o intuito de expor o que escrevo, mas para servir como ferramenta anti-tralha. Mas como todos [inclusive eu] sabemos, postando qualquer coisa na internet, corremos o risco de que curiosos e ratos de internet fuxiquem. Assumo este risco. E a vocês, curiosos e ratos de internet: críticas não são bem-vindas, por isso bloqueareios comentários. Brincadeirinha. hahaha
Críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas não brinquei quando disse que bloquearei comentários. Por isso, àqueles que desejarem fazer algum comentário ou alguma crítica construtiva, deixomeu e-mail: lary.rfsl@gmail.com
beijosmeliga ;D