domingo, 28 de dezembro de 2008

Down

Ando em meio a agonia
Depressa, com passos largos
Procuro um modo de afastar a melancolia
Causada pela memória de teus afagos.
Já não há contentamento
Em vagar sem rumo, sem direção
Só o que me resta é o meu lamento
E os tristes versos desta canção.
Que canção?

domingo, 21 de dezembro de 2008

Preto e branco

Triste história em quadrinhos
Não se pode colorir
Personagens efêmeros e mesquinhos
Fogem e não me deixam sorrir.
Roubam tintas e pincéis
Levam cores, levam flores
Cinza ficam os meus papéis
Pra longe vão os meus amores.

Não quero falar da solidão pela qual estou tomada.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Observo através de um furo
Furo que ultrapassa o muro
Dali vejo uma sacada
E aquela velha escada
Entre tantas coisas, você.

Encaro por alguns instantes teu rosto
Teu olhar, vidro fosco
Reflete entre avenidas e vielas
Tuas chagas e mazelas.
Olho e choro.

Tento resgatar aqueles momentos
Que por hora, fugiram de mesu pensamentos
Aquele sonho, aquele amor
Escapou-me como vapor.
Foi melhor assim.

Afinal, o que nos esperava?
Uma tragédia, em vida, encenada
eram somente meus sonhos e brios
Não levariam a nada, só ao vazio.
Não era verdade, só vaidade.

Hoje pela manhã, nos cruzamos
Sabemos dos sonhos que sonhamos.
Jamais trocamos uma só palavra,
Aquele sentimento nos travava:
O impossível nunca será.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Nas calçadas, nas esquinas.

Sobre um ocorrido um tanto quanto curioso. Ai, meu Deus, essas coisas só acontecem comigo. =p

O brilho do meu olhar,
Já tão fosco
Perde-se naquele olhar,
Naquele rosto.
Almas despenadas seguem seus caminhos
Eternos anos de má sorte
Perdem-se em meio a ventos e redemoinhos.
Na tentativa de vencer a morte.
Vejo de longe, a marcha de maltrapilhos
Clamam famintos, desesperados
Loucos, seguem, andarilhos
Perdidos, marginais, rejeitados
Nunca me doeu tanto o descaso
Como carregam tão pesado fardo?
Teria sido destino ou acaso
Nossos olhos terem se cruzado?
E o brilho do meu olhar,
Já tão fosco
Perdeu-se naquele caminhar
Naquele rosto,
Naquele rosto.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dia após dia
Luto para prevalecer
Como quem luta por uma ideologia
Luto pelo teu ser.
______________________________

Devo lutar contra aquele
Meu inimigo, meu mal
Não não é ela, não é ele
É meu amor incondicional.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

I'm a trouble.

Sim, sim! Vocês podem me chamar de "garota problema". Em crise mais uma vez, armadura em troca. Sim, estou vulnerável e qualquer assopro pode ser fatal. Irritada, chorona, sensível, carente, estou de TPM.Bem, hoje me estressei em casa. As pessoas acham que o problema está sempre nos filhos dos outros! Que ódio que isso me dá. Por que teimam em dizer que minhas companhias são más? Por que não percebem que eu é que sou uma má companhia? Sou eu é que não presto! É broxante descobrir que pessoas que convivem há 16 anos com você, não te conhecem. É tão difícil assim? Sim, sou ignorante, estúpida, cínica, debochada, sádica, sarcástica, preguiçosa, teimosa...É difícil perceber isso?O pior de tudo é que quando eu mais preciso que as pessoas me entendam, é aí que elas não me entendem! Genial. Desse jeito vou ter que pedir uma nova receita de anti-depressivos...Felicidade e sossêgo poderiam ser vendidos em pílulas, não? A não-depressão pode, ué. Poderiam inventar também uma pílula anti-amor, mas isso já é outra história...
Vou falar de uma pilulazinha que também dá bons resultados. ;D
Não é apologia, é fato.

emedêemeá.

A confusão toma meu ser
Não vejo sentido na vida
Nesse momento, uma pílula, uma bebida
Qualquer coisa pr'esquecer.

Um gole é o suficiente
Círculos, álcool, fel
Um segundo e já faz-se mel
Um estado inconsciente.

Aflorando a minha loucura
Me pego em tolos devaneios
Um tanto alta, encontro meios
De adoçar minh'amargura.

domingo, 18 de maio de 2008

Não adianta consertar o resto, consertar a gente ajuda pra caramba.

Ah! O belo me parece imundo
Paralelo de dois traços
Nada é o que parece, de fato,
Neste metafórico mundo
Representando esta rotina fatigante,
Em nós, um círculo inscrito
Tornando-se saturado aquilo que era bonito
Descrevendo seu movimento incessante
Quiçá errante.
Repita seus movimentos, bossal esfera
Descreva sua elipse em torno da grande gema amarela
O faça, não por mim, não por ti, nem por ela
Mas porque babacas estão sempre à espera.
Já não há razão, nem por quê
Com o emanar dos anos,
Agora, confessamos,
Nos movimentos que há de fazer.
Tudo funciona quase que no automático
Já não se pensa, não se questiona
Já não se soluciona, já não se emociona
Tudo se faz simples, prático, à medida que dogmático.
Ah! Confesso que eu queria
Desse “esquizoser” que somos, fugir
Mas há algo em minha mente e não me deixa dormir:
O presente é realidade, não é utopia.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O silêncio desses espaços infinitos me apavora.

Eu confesso estar em crise. Na verdade tenho estado em uma crise constante nos dois últimos anos. Eu não dou certo com ninguém, vou morrer sozinha. O pior de tudo sabe o que é? A culpa é toda minha! Eu tenho a incrível capacidade de afastar de mim as pessoas que gosto...Grande imbecil que sou!

Ah, mas a culpa não é só minha não...as pessoas têm mania de deixar tudo chato, são monótonas, e eu destesto monotonia. Meu singno é Macaco no horóscopo chinês, nativos deste signo detestam mesmice, e eu não sou diferente.Sabe, eu nunca reparei o quanto eu eu me enquadro nos perfis dos meus signos, tanto no signo de touro quanto no de macaco. São signos que são muito, mas muito a minha cara. :) Confesso que meu signo do horóscopo chinês, apesar de ser foda, não é o que eu queria ser... tenho uma pontinha de inveja dos nativos de cobra. É o signo mais foda! :'(

Enfim, paremos de viadagem, com essa porrinha escrota de signo...Tanta coisa melhor pra eu falar.Bem, estou um pouco cansada, um pouco vazia. Sabe, vazio às vezes faz bem, pra quem está sempre cheia, muito cheia; não que eu queira permanecer vazia, mas só durante algum tempo...Pra quem está sempre carregada de emoções, o vazio incomoda, machuca.Só sei que estou com dor de cabeça, e com uma certa agonia. Meu estado de natureza é amar, gente. E estar vazia de sentimentos me incomoda! Será que alguém entende isso? Vou tomar meu remedinho, dormir e não pensar mais nisso.

Trancada por dentro
Selada pelas muitas mentiras
Calo, cesso meu lamento
Comportando mágoas e iras

O mundo, as estrelas, o universo
Tudo me parece tão banal,
Fugaz, efêmero, perverso
E aos meus olhos, nada parece especial
E nesse vazio,
Cada segundo, tortura
Qualquer palavra, brio
Tão longo silêncio, amargura
Já não agüento a solitude
Me causa pranto, agonia
Tão inquietante é a infinitude
Acompanhada do vazio, melancolia.
Sobre a colocação pronominal? Ah, por favor, licença poética. ;D

sábado, 29 de março de 2008

Sopra o vento
O entardecer traz a'urora
Cai a noite, relento
Solidão vem sem demora
Torturante é o meu lamento
Escuridão vem e me apavora
Já não tenho mais alento
Triste vida, triste hora.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Triste história em quadrinhos
Não se pode colorir
Personagens efêmeros e mesquinhos
Fogem e não me deixam sorrir.
Roubam tintas e pincéis
Levam cores, levam flores
Cinza ficam os meus papéis
Pra longe vão os meus amores.
Não quero falar da solidão pela qual estou tomada.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sobre algum ano que passou e eu não me lembro.

Dois mil e sete. Não foi um ano fácil. Foi doloroso, foi traumático. Só não falo que acho que não vai haver ano pior na minha vida porque senão arranjam um jeito de piorar as coisas esse ano.


Minha poesia, por muito se ausentou
A ausência era tanta, que por meus olhos transbordava
Dentro de mim, uma vazio me preenchia e me calava
Meu ser secou, desabrochou, definhou.

Meus passos eram de quem se esvaía
De quem duvidava, questionava sua essência
Poesia, ó, poesia! A sua ausência
Fez gelar, sem teu calor, o coração que batia.

Meus olhos, rasos de lágrimas fundos de tristeza
Já não enxergavam o horizonte com a mesma cor
Na avidez dos rios de dor,
Eu desfalecia, com lábios secos: incerteza.

Eu não podia expressar a minha verdade
Havia perdido a direção e o sentido
Meus Deus, meu coração havia perdido
Tudo aquilo que me trazia felicidade.