terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Sobre algum ano que passou e eu não me lembro.

Dois mil e sete. Não foi um ano fácil. Foi doloroso, foi traumático. Só não falo que acho que não vai haver ano pior na minha vida porque senão arranjam um jeito de piorar as coisas esse ano.


Minha poesia, por muito se ausentou
A ausência era tanta, que por meus olhos transbordava
Dentro de mim, uma vazio me preenchia e me calava
Meu ser secou, desabrochou, definhou.

Meus passos eram de quem se esvaía
De quem duvidava, questionava sua essência
Poesia, ó, poesia! A sua ausência
Fez gelar, sem teu calor, o coração que batia.

Meus olhos, rasos de lágrimas fundos de tristeza
Já não enxergavam o horizonte com a mesma cor
Na avidez dos rios de dor,
Eu desfalecia, com lábios secos: incerteza.

Eu não podia expressar a minha verdade
Havia perdido a direção e o sentido
Meus Deus, meu coração havia perdido
Tudo aquilo que me trazia felicidade.