quarta-feira, 4 de novembro de 2009

[Re]Colorindo o cinza cor do céu.

Já consigo sentir os ares de novembroo... Que mês belo, que mês belo [e igualmente tenso pra mim]. Ajustes finais da monografia, vestibular da UFF, preparação para o ENEM, últimas provas de História, de Geografia... Ai, pensar que nunca mais vou ver isso na minha vida por obrigação me deixa tão, mas tããão feliz. Não vejo a hora de me entregar ao que mais gosto *-*. De estudar a vida [no sentido biológico, óóóbvioo]. Biológicas é o que há, mas sentirei saudades de Filosofia e de Matemática. ='(

Bem, desviando o assunto, é engraçado você acordar e de repente não sentir aquela mágoa, aquele rancor, aquele desejo de vingança. É sempre engraçado algo mudar da noite pro dia. Sabe, reparo que o processo de libertação, pelo menos comigo, não passa de um processo para que eu possa me aprisionar de novo. É muito bom se libertar, muito bom mesmo, só não sei se é melhor do que se aprisionar. Efêmeros personagens, até quando vos atrairei? Hoje, pelo menos por enquanto, eu me sinto livre.

Talvez esse seja o momento em que eu paro de escrever. Paro mesmo. A escrita necessita de certo sofrimento e se você não sofre, você não consegue escrever. Comigo é assim. Nada de angústia, tristeza, nostalgia, nada que me motive a escrever. Provavelmente ficarei durante um bom, booom tempo sem postar aqui, a não ser que me dê vontade de falar sobre o meu dia. Inclusive estou com o projeto de um blog novo. Mas creio que poesias e versinhos gays não sairão tão cedo...

Por falar em coisinhas gays, domingo teve a parada gay. Foi fooooda! Selinhos em Drag Queens à parte, foi muito bacana. Praia de 10hs às 22hs. Bem, mas pegar sol que é bom, nada. Choveu pra cacete. Bebi horrores, muito mesmo. Conheci pessoas bacanas, interessantes e absurdamente loucas [ai ai, advérbios de intensidade]. Eu estava tão bêbada que cantei até axé [vergonha], e além disso meu ADH nunca foi tão, tão inibido. Banheiros químicos podem salvar a vida de pessoas! Um salve para os banheiros químicos. Enfim, cheguei em casa um bagacinho, mas valeu suuuper à pena. Comunidade gay, mara.

Ontem não fui ao estágio para ir à praia com uma certa pessoinha [:)]. Inventei lá no estágio que estava doente. PUTA QUE PARIU, por que inventei essa merda?? Por que não dei qualquer outra desculpa? Hoje eu acordei com a minha amidalite atacada, ela não atacava há uns 4 anos! Minha garganta está praticamente fechada, eu não consigo comer [que absurdo, eu NÃO CONSIGO COMEER! Mas mesmo assim forço a entrada de comida, óbvio, o que deixa minha garganta mais fodida.], e já apresento dificuldades pra respirar. Minha garganta está realmente obstruída. Febre eu ainda não apresentei, mas é questão de tempo. Resultado: hoje não fui pro estágio e realmente tenho motivos pra dizer que é por motivo de doença. Imagine o caos: eu flambando aquelas alças sujas de aspirado traqueal, cheias de Streptococcus pyogenes, com meu organismo debilitado, inspirando deliciosamente aqueles aerossóis de bactéria?? Uhúúl, isso iria me deixar bem, bem mal. Bom, quem sabe assim não continuo escrevendo a minha monografia?

Quero postar um texto mas estou com muita, muita vergonha, acho que não postar porra nenhuma. Acho que este texto eu vou postar no outro blog. Vergonha demais pra postar aqui. =p Acho que vou acabar postando algo bem fossa mesmo, mas que fique claro que é de algum tempo atrás. ;D

Escrito em 01/09/2009.

Esse cinza me entristece
Ofusca o brilho das demais cores
Em meio ao preto e o branco aparece
Enfeitando alheias dores.

Cinza que esconde o céu estrelado,
Cinza é a cor do meu céu
Transparece o sol meio apagado
Iluminando o meu chapéu.

Cinza é a cor do meu desapreço
Da minha angústia, do meu anseio,
A cor dos poemas que bem conheço
Do que eu escrevo, mas não leio.

Há quem diga que cinza é a imensidão
O escuro, o obscuro, a incerteza,
É medo presente no coração
De quem se refugia na tristeza.

Ah, eu estava pensando, pensando... Aí me deu vontade também de postar uma outra coisinha. Não tudo, mas só um trechozinho. Às vezes sinto que preciso me livrar aos poucos das coisas; eu realmente preciso. Bem, o que vou postar agora foi escrito em 29/08/2009. Agosto foi realmente um mês muito produtivo. Não sei, mas acho que odeio agosto.


[...]

Distraída, contemplei a paisagem
Meu olhar em seguida se desviou
Eu fitava mais um efêmero personagem.

[...]

Diferente, aquela despedida não era fatal
E cada palavra sua me reconquistou
Tudo era tão bom que nem parecia real.

Um profundo olhar e o último adeus
Deu-me as costas, se virou
Foi a última vez que vi os olhos seus.

Seus passos, já não se podia ouvir
Como aquela rua, um pedaço de mim calou
Via aos poucos sua imagem se esvair.

No horizonte, você sumia
E o brilho do meu olhar se apagou.
Em frente, eu seguiria.

Sai o sol, a lua adormeceu
Posso ver os restos da noite que passou
Os pedaços do que em mim, morreu.

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